quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NILTON SANTOS

Esta é verídica...

Nilton Santos, mais conhecido como a Enciclopédia do Futebol (abaixo segue NOTA com maiores informações sobre este craque do futebol mundial), enquanto ainda estava bem de saúde costumava caminhar de manhã pelo Aterro do Flamengo, no Rio. Além de um eterno craque de futebol, trata-se principalmente de uma pessoa agradável, simpática e de fala pausada.

Volta e meia tinha meu pai como companhia de conversas e caminhadas... Certo dia de sol Nilton Santos contou a ele uma estória que era mais ou menos assim:

“Há um tempo atrás, eu já com meus 60 anos, estava caminhando aqui mesmo e ali naquele campinho de 'pelada' perguntaram se eu poderia completar um dos times. Eu nem estava de tênis, mas deixei meu chinelo ao lado de um dos gols e entrei para jogar. E o mais engraçado foi que os caras não me reconheceram...

Logo no início ninguém levou fé em mim... 'Coroa', descalço, sem nem agüentar correr direito...

Depois que fiz umas jogadas bonitas, incluindo matadas de bola, e depois de deixar os caras do meu time na cara do gol, um dos que estavam no time adversário falou para outro do seu time apontando para mim: 'Vai lá e marca ele...'

E o outro respondeu: 'Eu não, vai você! Foi você quem o chamou para jogar...'

No final eu disse a eles quem eu era e rimos bastante...”


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NOTA: Nílton estreou na seleção no sul-americano de 1949, a competição foi realizada no Brasil que acabou campeão. Participou da Copa do Mundo de 1950 onde foi vice-campeão. Ainda foi campeão com a seleção do pan-americano de 1952, bi campeão mundial em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Atuou em 75 partidas oficiais e 10 não oficiais. Sua despedida da seleção ocorreu na final da Copa de 1962. Marcou dois gols com a camisa da seleção.

Mais detalhes em: http://www.geocities.com/Colosseum/Arena/7852/niltonsantos.htm


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NORDESTINOS

Quando vivemos mais ao sul, costumamos considerar os moradores da região Nordeste como um povo “único”. Chamamos a todos de Nordestinos, sem fazer distinção.

Na verdade, não é bem assim. Se mesmo no Sudeste onde existem somente 4 estados não podemos falar em uma só cultura para mineiros, cariocas, paulistas e capixabas, que dirá no Nordeste onde estão 9 estados e mais de 3.000 km só de litoral...

Baianos, sergipanos, alagoanos, pernambucanos, paraibanos, potiguares, cearenses, piauienses e maranhenses diferem inclusive no sotaque. Mesmo que mais ao sul não sejam percebidas tais diferenças...

E as diferenças não param por aí. Coloque na conta a gastronomia, o desenvolvimento econômico e social, a música, a geografia e até mesmo o clima.

A verdade é que o termo “nordestino” traz consigo certa falta de conhecimento dos próprios brasileiros em relação ao enorme País em que vivemos, seu povo e sua diversidade cultural.

Melhor evitarmos generalizações...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Primas e Primos... E o “Grande Brimo”

Talvez por eu não ter tido irmãos, a importância de primos (que logicamente inclui também primas) em minha vida sempre foi muito grande.

Primos que estiveram quase sempre ao meu redor e com os quais passei momentos que não esquecerei jamais... Mesmo outros que vi muito pouco ao longo da vida... Alguns são mais velhos e outros mais novos... Solteiros, casados, distantes ou não, felizes ou não... Todos, com certeza, fazem parte de um grupo de pessoas que compõem minha história e minha vida.

E foram inúmeros os momentos maravilhosos que vivi ao lado de primos. Seja em períodos de férias ou não, em festas de famílias, como aniversários, batizados e casamentos... Seja simplesmente para fazer um churrasco, beber alguns chopps, ouvir e cantar músicas e jogar conversa fora... Jogar futebol, no meu caso, já virou passado...

O triste e inevitável é que muitos morreram, estão morrendo e ainda morrerão... Somos mortais... Haja sangue frio para pensar como Sêneca, que em seu livro DA TRANQUILIDADE DA ALMA escreve: “(o sábio) Tem consciência de que a vida é algo que lhe foi dado de empréstimo e, por isso, sujeita à restituição, sem tristeza, quando lhe for reclamada. (...) Retornar de onde se veio, qual é o problema? Mal vive aquele que não sabe morrer bem.”

Na morte de uma prima ou primo sinto que parte da minha vida se vai junto... Mas o próprio viver nos ensina a nos acostumarmos com a dor e a perda. E sobre isto Sêneca no mesmo livro escreve: “Sabendo das desgraças para as quais nascemos, a natureza fez do hábito um alívio para a calamidade, tornando logo costumeiras as mais graves. Ninguém resistiria se a força das coisas adversas fosse a mesma na continuidade como é o primeiro golpe.”

Mas se a perda será um dia inevitável, não podemos deixar o dia a dia nos afastar das pessoas que queremos bem. Nem mesmo a distância física pode valer como desculpa, pois a tecnologia é algo que deve ser utilizado a nosso favor para nos manter próximos. Palavras escritas nem sempre são claras o suficiente para transmitir a emoção que queremos expressar, mas vez por outra são o único instrumento que temos para conseguir contato. Contato este algumas vezes ignorado... Pela desculpa da “falta de tempo” desperdiçamos convites, contatos ou conversas, como se dedicar tempo a isto não fosse das coisas mais importantes da vida.

A agitação da “vida moderna” acaba fazendo com que a prioridade passe a não ser aquilo que realmente deveria ser importante. Como disse Antonio Nogueira (ACIDENTES DE TRAJETO & DIREÇÃO DEFENSIVA): “As pessoas não andam, elas correm, não almoçam, fazem lanche, não passeiam, estão sempre atrasadas, não buscam conhecimento, se graduam”.

Acabamos ainda nos perdendo algumas vezes em coisas pequenas e em mal-entendidos que acabam não sendo resolvidos por toda uma vida. Quando estamos próximos, um simples olhar, um sincero sorriso, um singelo toque ou abraço deveriam ser mais que suficiente para dizer aquilo que as palavras nem sempre conseguem.

Não deixemos para depois o contato com as pessoas que gostamos de verdade. Nem que seja uma simples mensagem para dizer OI. Estar vivo é muitas vezes algo traiçoeiro que foge quando menos esperamos e pode nos deixar com palavras e sentimentos entalados...

A vida ensina após “cada esquina” e cabe a nós assimilar ou ignorar os ensinamentos que recebemos.

A todos os meus primos, eterna companhia de uma vida inteira, eu deixo meu sincero desejo de que sigam sempre em frente suas vidas com Fé, Amor, Paixão e minha grande amizade.

A meus primos que partiram eu dedico algumas lágrimas, que não se contêm neste momento, a eterna lembrança e o desejo de que estejam sempre bem.

Hoje em especial ao primo Cláudio Masullo, que se foi sem deixar aviso... Um exagerado em tudo, principalmente na sinceridade das palavras e da verdadeira amizade. Uma presença distante que a tecnologia tratou de aproximar. Resumiu-se hoje a um endereço de e-mail que eu não conseguirei nunca apagar... Porque você se foi eu não sei, mas descanse em Paz meu querido “Grande Brimo”!


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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DEFINITELY

Um dia desses, em pleno USA, colocaram-me em uma conexão de vôo daquelas que já sabemos de antemão que não irá dar certo...

De Ohio para o Texas, de lá para a Flórida e só então para o Brasil com horários apertadíssimos...

É claro que na primeira conexão o roteiro desandou. Na remarcação do vôo no Texas, que implicaria também na remarcação do vôo seguinte, perguntei ao americano do check-in: “E quanto à minha bagagem, seguirá no mesmo vôo que eu?”

O americano respondeu com um sonoro, taxativo e incontestável “DEFINITELY”, que neste caso queria dizer o seguinte: “Definitivamente isto não é problema meu, pois não serei eu quem estará no Brasil quando você chegar por lá e for reclamar!”

Definitivamente é claro que a bagagem se extraviou...

HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ NÃO ENVIA UM TELEGRAMA A ALGUÉM?

Outro dia eu quis enviar um telegrama... Os que estavam comigo se espantaram: “Telegrama? Por que você não envia um e-mail?” e mais além: “Ainda existe telegrama?”

Bem... Em certas situações o telegrama ainda tem sua finalidade. Mas realmente fazia tempos que eu não enviava um.

Iniciei então minha saga... Ao me aproximar de uma agência dos correios falei para os que estavam comigo: “Agora vou chegar no balcão, solicitar um formulário para preencher o telegrama e pode ser que o atendente comece a rir da minha cara...”

Sendo assim, entrei na agência, solicitei o formulário e o atendente respondeu: “O formulário está em falta aqui nesta agência. Mas tem o telegrama fonado e me deu o número do telefone”.

Eu ingenuamente perguntei: “Se não tem o formulário quer dizer que não é possível enviar o telegrama?”


CONTINUA NO LIVRO...




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IRMÃOS E IRMÃS

Outro dia uma pessoa me disse: “Trate logo de arranjar um irmão ou uma irmã para sua filha, pois você sabe muito bem como é ruim não ter irmão...”

Pois é... Simples e direto assim, como se a vida fosse uma infalível receita de bolo.

A meu ver, só quem pode saber se é ruim (ou bom) não ter irmãos é quem não os têm, assim como só pode saber como é bom (ou ruim) ter irmãos quem os têm.

Já vi muitos casos de inveja entre irmãos, de irmãos que vivem a vida inteira às custas de irmãos e até de irmãos que foram à justiça contra irmãos. Assim como também já vi irmãos que são entre si um verdadeiro apoio e cúmplices em uma amizade que nunca se extinguirá.

De certo nesta vida só mesmo a certeza de não haver certeza alguma...

3 de Setembro...