Existem vários tipos de bolsões. Dentre
eles, os bolsões de ar, os tristes bolsões de miséria (que muita gente ainda
acredita que sejam lendas) e até uma região do Mato Grosso do Sul chamada
Bolsão Sul-Matogrossense.
No dia-a-dia, porém, nos deparamos com
os chamados Bolsões da Discórdia. Vez por outra nos distraímos e vem um deles
ao nosso encontro. Muitos deles bonitos e de muito bom gosto. Outros nem
tanto...
Ontem mesmo vi um deles derrubando uns
50 folders de propaganda do balcão de uma lanchonete.
Mas a pior situação para encontrá-los é
em elevadores lotados. Sejam eles baratos ou de grife ou mesmo falsificados...
Os mais perigosos são aqueles colocados no ombro de quem os carrega, em geral
passando a impressão de dane-se quem estiver por perto.
Não possuem menos de 40 cm de largura por uns 35 cm de altura e em geral
são duros e podem atingir costas, barrigas e braços de incautos ao redor.
Não importa exatamente o que um desses
bolsões possa conter, mas vez por outra fica tão duro e pesado que um rodopio
mais exaltado de quem o carrega pode causar grande desconforto em
quem se atrever a invadir seu raio de ação.
Em casos assim a boa educação deveria
priorizar o “não reclamar” ou o “não incomodar quem está quieto em seu canto”?
Provavelmente a resposta vai depender do seu personagem na trama. Ou no
drama...
Sendo assim, não se faça de rogado.
Estando no elevador, ao ver um bolsão da discórdia se aproximando
perigosamente, proteja-se sem constrangimento, mesmo que quem esteja carregando
o bolsão olhe para você de cara feia. Melhor assim... Não deixe também de
devolver a cara feia com um sorriso, mesmo que irônico...
E isto vale também estando em trens, ônibus, metrôs,
restaurantes e outros tipos de aglomeração onde a busca por espaço seja voraz.
Bolsões da Discórdia... Você precisa
saber evitá-los...
...