Vez por outra a vida vem nos mostrar seu sorriso mais cínico exibido em uma boca apodrecida. Os dentes que ainda restam são feitos de um ouro que o dono exibe como seu maior troféu. Uma falsa riqueza que tenta seduzir, mas causa repúdio...
Lembrei-me então desta canção de Milton e Brant, que provavelmente muitos nem conhecem, mas cuja letra mostra a força de nossos valores pessoais.
Bola de Meia, Bola de Gude
Composição : Milton Nascimento e Fernando Brant
Há um Menino!
Há um Moleque!
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem prá me dar a mão...
Há um passado
No meu presente
O sol bem quente
Lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa
Me assombra
O menino me dá a mão...
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade
Alegria e amor...
Pois não posso
Não devo e não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso
Aceitar sossegado
Qualquer sacanagem
Ser coisa normal...
Bola de Meia! Bola de Gude
O solidário não é solidão
Toda vez que a tristeza
Me alcança
O menino me dá a mão...
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